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Ibama desarticula esquema que fraudava créditos florestais em MT

Publicado: Quinta, 20 de Agosto de 2015, 12h36

Cuiabá (20/08/2015) – O Ibama realizou na região de Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá, mais uma etapa da Operação Malha Verde, que desarticulou um esquema criminoso de comercialização de créditos e guias florestais. A ação teve apoio da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema) e da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso.

Segundo a investigação, a fraude começou há quatro anos e permitiu que fossem colocados no mercado mais de 60 mil metros cúbicos de madeira de origem ilegal. A organização criminosa funcionava em um escritório instalado na FZ Indústria e Comércio e Exploração de Madeiras LTDA. No mesmo local, também era movimentada outra empresa de fachada, a Isaac Batista de Brito Comércio de Madeira M. E. 

Uma pessoa foi presa em flagrante quando finalizava a impressão de três guias florestais falsas que seriam utilizadas para esquentar um carregamento de madeira serrada procedente do município de Nova Monte Verde. A carga teria como destino três municípios paulistas. Na ocasião, foram apreendidos computadores, aproximadamente R$ 10 mil em dinheiro, talões de cheque e documentos que confirmam o funcionamento do esquema.

Entre os investigados estão o prefeito de Alta Floresta, Asiel Bezerra de Araújo, e integrantes da diretoria do Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso (Simenorte).

Com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram apreendidos ainda três caminhões com carregamentos de madeira serrada de origem ilegal, totalizando 83,3 metros cúbicos. Os veículos foram interceptados na BR-163 e estavam com guias florestais falsas. Outros carregamentos ainda estão sendo rastreados.

Foram bloqueados 24 empreendimentos diretamente envolvidos nas atividades ilegais. A medida possibilitou o bloqueio de mais de 100 mil metros cúbicos de madeira Operação Malha Verdeque, possivelmente, seriam utilizados no esquema criminoso, o que equivale a aproximadamente três mil caminhões carregados de madeira. Uma placa de identificação de uma madeireira envolvida foi encontrada fixada em uma residência e outra em um lava-jato. A maior parte das transações entre os envolvidos ocorria virtualmente. Os investigados são acusados de crimes ambientais, formação de organização criminosa e falsidade ideológica, entre outras irregularidades. O Ibama/MT continuará as análises para apuração das infrações administrativas.

“O Núcleo de Inteligência do Ibama está trabalhando intensamente para desarticular e interromper esses esquemas ilegais no setor madeireiro, que causam muitos prejuízos, tanto econômicos quanto ambientais, para o estado e para a sociedade”, disse o superintendente do Ibama no Mato Grosso, Marcus Keynes. “Essa concorrência desleal prejudica também os esforços para que o setor madeireiro trabalhe de forma sustentável.”

Assessoria de Comunicação do Ibama/MT
Fotos: Nuint/Ibama/MT

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