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Prevfogo combate incêndios e protege índios isolados na Amazônia

Publicado: Sexta, 02 de Setembro de 2016, 10h25
Combate a incêndio
Foto:Ibama
Foto:Ibama

Brasília (02/09/2016) – Mais de 60 brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama, apoiados por veículos e aeronaves, trabalham em seis frentes de fogo para conter o avanço das chamas na Terra Indígena (TI) Arariboia, no Maranhão, onde vivem índios isolados da etnia Awá. A operação, iniciada em 8 de agosto, tem a participação de 43 brigadistas indígenas. O fogo já atingiu cerca de 18% dos 413 mil hectares da TI. Para evitar o contato com os isolados, foi necessário desmontar um dos acampamentos avançados do Prevfogo na semana passada. Na ocasião, um grupo de índios Awá foi visto por brigadistas que combatiam o fogo dentro do território.

Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), são considerados isolados os grupos indígenas que não estabeleceram contato permanente com a população nacional, diferenciando-se dos povos indígenas que mantêm contato antigo e intenso com os não-índios.

Na última segunda-feira (29/08), foi realizada uma reunião do Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (Ciman), com a participação da Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Funai, para tratar especificamente de incêndios em áreas de grupos isolados. Foi decidido que os brigadistas deveriam retornar ao combate na região e que a Funai enviaria um servidor especialista para acompanhar a situação de perto.


Segundo o analista ambiental do Ibama Rodrigo Falleiro, as operações de combate aos incêndios florestais em áreas onde há registro de índios isolados têm se tornado cada vez mais frequentes. Em 2015, duas grandes operações foram realizadas para proteger a floresta onde vivem os Awá, na TI Arariboia. Em março de 2016, na TI Yanomami, em Roraima, brigadistas controlaram uma frente de fogo que ultrapassava 30 quilômetros de extensão, protegendo áreas por onde circulam comunidades em isolamento.

A diminuição das chuvas na Amazônia, provocada nos últimos 15 meses pelo fenômeno El Niño, ainda influencia os padrões de queimadas e incêndios florestais na região. Com a floresta mais seca, áreas que normalmente não seriam suscetíveis ao fogo estão sendo atingidas.

Equipes do Prevfogo também combatem incêndio que atinge cerca de 8% do Parque Indígena do Xingu no Mato Grosso. Cerca de 70 pessoas participam da operação, com o apoio de seis viaturas, um caminhão de transporte de tropas, um helicóptero, seis barcos e duas bases avançadas. “Culturalmente, os índios utilizam o fogo na agricultura. Nas condições climáticas atuais, em que a seca fragiliza as florestas e as deixa mais suscetíveis às chamas, a prática da queima faz com que o fogo penetre ainda mais na floresta, destruindo árvores frutíferas, matando a caça, causando a degradação do solo e eliminando o material que seria usado para a construção de moradias”, disse o chefe do Prevfogo, Gabriel Zacharias. Segundo ele, o fogo que tem origem nas áreas do entorno, geralmente bem degradadas, aumenta o efeito de borda, derrubando árvores, permitindo a entrada do sol e secando a floresta.

Com o objetivo de melhorar a gestão do fogo em terras indígenas, o Prevfogo realizará um encontro com representantes de organizações não governamentais e da Funai na próxima segunda-feira (05/09), após reunião do Ciman.

Mais informações:

Ciman Virtual

Fotos

Assessoria de Comunicação do Ibama
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(61) 3316-1015
Fotos: Vinícius Mendonça/Ibama

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