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Sobre as alternativas ao uso do fogo

Publicado: Terça, 13 de Dezembro de 2016, 14h31 | Última atualização em Terça, 18 de Abril de 2017, 09h53

As queimadas e incêndios florestais no Brasil alcançam todos os anos dimensões gigantescas. Com média de 170 mil focos de queimadas por ano. Na sua grande maioria, as queimadas constituem-se em prática agrícola usual, utilizada para controle de pragas, limpeza de áreas para plantio, rebrota de pastagens e colheita da cana-de-açúcar.

À primeira vista, a queimada facilita a vida dos agricultores trazendo benefícios em curto prazo, entretanto, ao longo dos anos, essa prática provoca degradação físico-química e biológica do solo, e traz prejuízos ao meio ambiente. Ela também afeta negativamente a biodiversidade, a dinâmica dos ecossistemas, aumenta o processo de erosão do solo, deteriora a qualidade do ar (poluição) e provoca danos ao patrimônio público e privado (destruição de redes de eletricidade, cercas e acidentes rodoviários), prejudicando a sociedade como um todo.

Assim, perante a opinião pública e a imprensa, o produtor rural é o vilão das queimadas. Considerando este fato torna-se nítido a necessidade de incentivo e promoção de tecnologias e técnicas para substituição do uso do fogo e que as mesmas possam gerar outras formas de manejo e obtenção de renda.

As ações do Prevfogo neste sentido envolvem estímulos às alternativas ao uso do fogo, com vistas a iniciar um processo de mudança de comportamento entre os produtores rurais sobre o emprego do fogo. Para tanto são utilizadas duas metodologias básicas, uma de implantação de unidades demonstrativas de alternativas ao uso do fogo e a outro no estabelecimento de protocolos municipais. As unidades demonstrativas são unidades de técnicas de produção sem o uso do fogo que são implantadas em propriedades rurais para servirem de exemplo aos demais produtores, atingindo não apenas a família da propriedade, mas toda a comunidade rural e outras de seu entorno. Neste caso, os agricultores diretamente envolvidos atuam como multiplicadores das técnicas. Já os protocolos municipais são acordos firmados entre prefeituras, instituições locais e comunidades rurais nos quais esses atores se comprometem a agir buscando a redução do uso do fogo na região, as ações para que este objetivo seja alcançado são todas discutidas e consensuadas por todos os envolvidos, os protocolos municipais atingem também um número elevado de pessoas, chegando, em alguns casos, a atingir toda a população de um município.

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